Ponto de chegada. Ponto de partida. Contemplação e vertigem. Desde sempre me habituei ao ruído constante das férreas travagens e ao anunciar estridente de todos os destinos. Nunca me tirou o sono. Talvez fosse até canção de embalar.
Imóvel, com os sentidos anestesiados pelo colorido de carruagens remodeladas, pela rapidez da passagem dos alfa, pela paragem e pelos passos silenciosos de vidas que desfilam em frente a esta janela enevoada. E assim permaneço. Notícias distantes de acidentes, mortes...de reencontros, de despedidas. Alheia à realidade desta estação que é a vida, enebriada por insignificâncias sem parar para pensar que tudo não passa disso mesmo. De trilhos traçados, com pontos de partida e de chegada a que fugimos, procurando alternativas nos interfaces que nos permitem mudar de linha, fazer desvios ou até regressar antes de chegar...antes de nos decidirmos a partir e arriscar de novo.
As lágrimas estão sempre lá. Nos regressos e nas despedidas. Nos reencontros e nas partidas. Ainda que não as admitamos, refugiam-se num esconderijo de onde espreitam mal nos permitamos a isso.
Neste impasse tento reservar todos os pensamentos e reflexões para depois da triagem. Continuo a encher de invisibilidade esta bagagem imaginária para mais tarde poder pensar e decidir.
Não sei quem sou. Nem para onde vou. Mas sei que parada não posso ficar.
Imóvel, com os sentidos anestesiados pelo colorido de carruagens remodeladas, pela rapidez da passagem dos alfa, pela paragem e pelos passos silenciosos de vidas que desfilam em frente a esta janela enevoada. E assim permaneço. Notícias distantes de acidentes, mortes...de reencontros, de despedidas. Alheia à realidade desta estação que é a vida, enebriada por insignificâncias sem parar para pensar que tudo não passa disso mesmo. De trilhos traçados, com pontos de partida e de chegada a que fugimos, procurando alternativas nos interfaces que nos permitem mudar de linha, fazer desvios ou até regressar antes de chegar...antes de nos decidirmos a partir e arriscar de novo.
As lágrimas estão sempre lá. Nos regressos e nas despedidas. Nos reencontros e nas partidas. Ainda que não as admitamos, refugiam-se num esconderijo de onde espreitam mal nos permitamos a isso.
Neste impasse tento reservar todos os pensamentos e reflexões para depois da triagem. Continuo a encher de invisibilidade esta bagagem imaginária para mais tarde poder pensar e decidir.
Não sei quem sou. Nem para onde vou. Mas sei que parada não posso ficar.