Acaba 2006...
Que mundo é este que vinga a morte com morte ao estilo da idade média...que país é este que deixa morrer os seus filhos a 50 m da costa, um por um...que dirigentes estes que de humanos só têm os erros...adiam futuros, sem consideração nem respeito pelos prazos por eles próprios criados...e ainda se salvaguardam com a opção de poder não ser bem assim?
sábado, dezembro 30, 2006
terça-feira, dezembro 26, 2006
"O Natal que eu quero..."
"Quero o Natal completo e por inteiro, verdadeiro
Quero o Natal pulsando em mim e em todo o ser
Quero o Natal nos olhos, luz a colorir a vida, a semear a paz
Quero o Natal nas mãos, carinho a semear ternura
Quero o Natal nos lábios, canção a propagar a fé
Quero o Natal no coração, multiplicando amor, presente maior que posso ter..."
Luís Carlos Amorim
Quero o Natal pulsando em mim e em todo o ser
Quero o Natal nos olhos, luz a colorir a vida, a semear a paz
Quero o Natal nas mãos, carinho a semear ternura
Quero o Natal nos lábios, canção a propagar a fé
Quero o Natal no coração, multiplicando amor, presente maior que posso ter..."
Luís Carlos Amorim
terça-feira, outubro 17, 2006
Expressão
Positividade.
Rigor. Certeza e definição.
Se as emoções ferem
e na memória interferem
(para o bem e para o mal)
Expulsem-nas! Concentração.
Separemos o indissociável
É isso que nos é exigido
Com força, focalizar
E sempre, como sempre
e para sempre...lutar.
Rigor. Certeza e definição.
Se as emoções ferem
e na memória interferem
(para o bem e para o mal)
Expulsem-nas! Concentração.
Separemos o indissociável
É isso que nos é exigido
Com força, focalizar
E sempre, como sempre
e para sempre...lutar.
terça-feira, outubro 10, 2006
sexta-feira, setembro 29, 2006
Estação
Ponto de chegada. Ponto de partida. Contemplação e vertigem. Desde sempre me habituei ao ruído constante das férreas travagens e ao anunciar estridente de todos os destinos. Nunca me tirou o sono. Talvez fosse até canção de embalar.
Imóvel, com os sentidos anestesiados pelo colorido de carruagens remodeladas, pela rapidez da passagem dos alfa, pela paragem e pelos passos silenciosos de vidas que desfilam em frente a esta janela enevoada. E assim permaneço. Notícias distantes de acidentes, mortes...de reencontros, de despedidas. Alheia à realidade desta estação que é a vida, enebriada por insignificâncias sem parar para pensar que tudo não passa disso mesmo. De trilhos traçados, com pontos de partida e de chegada a que fugimos, procurando alternativas nos interfaces que nos permitem mudar de linha, fazer desvios ou até regressar antes de chegar...antes de nos decidirmos a partir e arriscar de novo.
As lágrimas estão sempre lá. Nos regressos e nas despedidas. Nos reencontros e nas partidas. Ainda que não as admitamos, refugiam-se num esconderijo de onde espreitam mal nos permitamos a isso.
Neste impasse tento reservar todos os pensamentos e reflexões para depois da triagem. Continuo a encher de invisibilidade esta bagagem imaginária para mais tarde poder pensar e decidir.
Não sei quem sou. Nem para onde vou. Mas sei que parada não posso ficar.
Imóvel, com os sentidos anestesiados pelo colorido de carruagens remodeladas, pela rapidez da passagem dos alfa, pela paragem e pelos passos silenciosos de vidas que desfilam em frente a esta janela enevoada. E assim permaneço. Notícias distantes de acidentes, mortes...de reencontros, de despedidas. Alheia à realidade desta estação que é a vida, enebriada por insignificâncias sem parar para pensar que tudo não passa disso mesmo. De trilhos traçados, com pontos de partida e de chegada a que fugimos, procurando alternativas nos interfaces que nos permitem mudar de linha, fazer desvios ou até regressar antes de chegar...antes de nos decidirmos a partir e arriscar de novo.
As lágrimas estão sempre lá. Nos regressos e nas despedidas. Nos reencontros e nas partidas. Ainda que não as admitamos, refugiam-se num esconderijo de onde espreitam mal nos permitamos a isso.
Neste impasse tento reservar todos os pensamentos e reflexões para depois da triagem. Continuo a encher de invisibilidade esta bagagem imaginária para mais tarde poder pensar e decidir.
Não sei quem sou. Nem para onde vou. Mas sei que parada não posso ficar.
quarta-feira, setembro 20, 2006
E porque amanhã começa o Outono...
...qual andorinha na Primavera...fui poisar noutras paragens...
Convido-vos a visitar regularmente:
http://ihateharrison.blog.com
um verdadeiro diário desta época conturbada, contado por estes 6 compinchas ;)
Convido-vos a visitar regularmente:
http://ihateharrison.blog.com
um verdadeiro diário desta época conturbada, contado por estes 6 compinchas ;)
terça-feira, agosto 22, 2006
sábado, agosto 19, 2006
Um filme
[The Lake House]
Numa noite quente de Verão cai bem um filme assim, com uma imagem fresca e agradável como cenário a uma história que elogia a impossibilidade do romance em si.
"...este filme evolui numa linha muito precária entre o fascínio da originalidade e a desconfiança dos paradoxos." Na minha opinião oscila entre a óbvia previsibilidade e um mundo de potencialidades não concretizadas, que frustam porque o proveito da história poderia ter sido muito maior.
Ainda assim, é giro. E cai bem.
Fica uma sugestão musical: Paul McCartney - This never happened before,
a minha preferida de uma banda sonora muito interessante, a combinar com o bucolismo das paisagens.
sexta-feira, julho 28, 2006
Post à Kikas
Parabéns pela determinação, pela coragem e pela vontade.
Todos os obstáculos!
Parabéns, dra kikas!
Todos os obstáculos!
Parabéns, dra kikas!
quinta-feira, julho 20, 2006
And this is it...
Dia 7 de Julho acabei o Curso...assim entre o previsível e o inesperado...this is it...
Não quer o mesmo dizer que abandonei a faculdade, aqueles corredores ainda vão ser frequentados por uns tempos...até Dezembro (pelo menos) , há muito que batalhar... é uma nova luta...
Não quer o mesmo dizer que abandonei a faculdade, aqueles corredores ainda vão ser frequentados por uns tempos...até Dezembro (pelo menos) , há muito que batalhar... é uma nova luta...
"(...) Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Fernando Pessoa
terça-feira, fevereiro 21, 2006
"Não sei o que é o tempo
não sei qual a verdadeira medida que ele tem
se tem alguma.
A do relógio sei que é falsa:
divide o tempo espacialmente, por fora.
A das emoções sei também que é falsa: divide não o tempo, mas a sensação dele.
A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente, outra vez depressa,
e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro."
não sei qual a verdadeira medida que ele tem
se tem alguma.
A do relógio sei que é falsa:
divide o tempo espacialmente, por fora.
A das emoções sei também que é falsa: divide não o tempo, mas a sensação dele.
A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente, outra vez depressa,
e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro."
Bernardo Soares "Livro do desassossego" - Obra em prosa de Fernando Pessoa
domingo, fevereiro 19, 2006
sábado, fevereiro 18, 2006
Momento humorístico
Em conversas de corredor:
"dr.C : vejo que o seu cartão está com as letras esbatidas...como o sr é bancário, deve ter estado a lavar dinheiro :)
sr.J: eheh foi a minha mulher, deve ter ido à máquina...sr dr...posso continuar a ir à caça?"
dr.C: pelo coração...pode!
eu: já pelas codornizes, se calhar não devia...
sr.J: deixe estar, que eu não vou para os Estados Unidos"
Gosto mesmo de pessoas bem humoradas!
"dr.C : vejo que o seu cartão está com as letras esbatidas...como o sr é bancário, deve ter estado a lavar dinheiro :)
sr.J: eheh foi a minha mulher, deve ter ido à máquina...sr dr...posso continuar a ir à caça?"
dr.C: pelo coração...pode!
eu: já pelas codornizes, se calhar não devia...
sr.J: deixe estar, que eu não vou para os Estados Unidos"
Gosto mesmo de pessoas bem humoradas!
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Amores (im)perfeitos
"Sombras que percorrem O meu fado São nuvens de incerteza No cinzento do céu São ondas deste mar Que foi tingido pela dor Levando um sonho que Já não é meu
A noite ensombrou Este canteiro De amores imperfeitos Orvalhados de espanto Galera de fantasmas No véu negro deste mar Rasgando as cordas tristes Do meu canto
Pranto de milhafres Nas vertentes da noite Saudades de um passado Que não veio nem há de vir Nas vozes que me prendem O destino aziago De amores imperfeitos Que não chegam a florir"
in "Amores imperfeitos" - Viviane
Ligamento suspensor cardíaco
Não existe fisicamente mas lá está flutuando ao sabor dos dissabores da alma...quando sopra uma brisa forte, treme...geme...mas permanece...
É elástico e muito resistente...quando um peso insuportável se apodera do nosso coração...dando a ilusão que este vai cair cair cair indefinidamente...o seu ligamento suspensor estica estica...e esse estiramento provoca uma dor excruciante, incomparável a qualquer outra dor que porventura tenhamos sentido proveniente de uma outra origem...nunca se pensou que dentro do peito algo pudesse doer assim...mas pode. E dói, dói muito.
Por muitas vezes que esta dor nos afecte, não há imunidade possível. Dói na mesma, com variantes na natureza e na intensidade mas igual no carácter...Dói sempre...
Mas o bendito ligamento, presente na nossa realidade paralela...lá está, a salvaguardar a integridade do coração...na sua essência, na sua capacidade, nada se altera...e tudo poderá voltar a acontecer...é daquelas situações em que os erros de nada servem, nada se aprende com eles...nada impede que os voltemos a repetir, exactamente da mesma maneira...dói muito...mas não é por isso que não voltamos a cometer o que nos trouxe essa dor...parece que inconscientemente, na tal realidade paralela procuramos sempre voltar a viver o mesmo sofrimento...
E, das profundezas que julgamos não existir, mas nas quais o nosso coração mergulha...o ligamento trá-lo de volta, recuperando a sua posição inicial...e a dor vai-se atenuando...pouco a pouco...e passa.
In extremis...tudo passa.
Subscrever:
Mensagens (Atom)